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Por que She-Ra e He-Man, vivem em mundos diferentes?

Os fãs mais atentos dos anos 80 provavelmente já se perguntaram: por que She-Ra e He-Man, apesar de serem irmãos gêmeos, vivem aventuras em mundos diferentes? Afinal, ambos fazem parte do mesmo universo criado pela Mattel. Neste post, vamos mergulhar nessa curiosidade nostálgica e explicar como essa separação faz sentido tanto na narrativa quanto nos bastidores da produção das séries animadas.

A origem compartilhada de She-Ra e He-Man

He-Man surgiu primeiro, com o desenho “He-Man e os Mestres do Universo”, lançado em 1983. A animação se passava em Etérnia, um mundo de magia e tecnologia onde o Príncipe Adam se transformava no herói He-Man para defender o Castelo de Grayskull do maligno Esqueleto.

Já em 1985, surgiu She-Ra com o desenho “She-Ra: A Princesa do Poder”, uma tentativa da Mattel de conquistar o público feminino. She-Ra é, na verdade, a Princesa Adora, irmã gêmea de Adam, que foi raptada quando bebê e levada ao planeta Etéria. Lá, ela foi criada pela Horda do Mal e, mais tarde, se rebelou para se tornar a líder da Grande Rebelião.

Universos paralelos — mas conectados

Embora Adora e Adam sejam irmãos, eles crescem em planetas diferentes. Etérnia e Etéria coexistem no mesmo universo, e a ligação entre eles é explicada através de portais mágicos e tecnológicos.

O episódio especial “O Segredo da Espada Mágica” apresenta o reencontro dos dois irmãos e a origem da transformação de Adora em She-Ra. Apesar disso, cada série seguiu seu próprio rumo, com histórias independentes e focadas em públicos distintos.

Razões comerciais por trás da separação

Mais do que uma escolha criativa, a separação dos mundos foi uma decisão estratégica. He-Man já era um sucesso entre os meninos, e a Mattel queria criar uma linha de brinquedos voltada para meninas. Ao apresentar She-Ra em um universo paralelo, com novos personagens, vilões e estéticas, a empresa pôde vender produtos diferentes sem saturar a mesma linha.

Essa distinção permitiu também que She-Ra tivesse sua própria identidade, com uma abordagem um pouco mais voltada ao empoderamento feminino, temas de resistência e libertação, além de um elenco mais diverso em termos de gênero.

A nostalgia e as novas gerações

Mesmo vivendo em mundos diferentes, os dois personagens sempre estiveram conectados no imaginário dos fãs. Essa ligação foi retomada em reboots modernos, como a série da Netflix “She-Ra e as Princesas do Poder” (2018), embora, nessa versão, He-Man sequer seja mencionado diretamente.

Ainda assim, o carinho dos fãs pelas versões originais permanece. A dualidade entre os dois mundos e os irmãos gêmeos serve como símbolo da força compartilhada e da diversidade de experiências, mostrando que é possível trilhar caminhos distintos com objetivos semelhantes: lutar pelo bem.

Conclusão

She-Ra e He-Man são dois lados da mesma moeda: criados para públicos diferentes, mas com raízes comuns. Seus mundos distintos não os afastam, mas enriquecem o universo de Mestres do Universo com profundidade, variedade e muito, mas muito carisma.

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