Branca de Neve: Conto Original vs. o filme da Disney

A história da Branca de Neve é uma das mais icônicas do mundo dos contos de fadas. Embora a maioria das pessoas conheça a versão popularizada pela Disney em 1937, o conto tem origens muito mais antigas, sendo registrado pelos Irmãos Grimm no século XIX. Neste artigo, vamos explorar as principais diferenças entre o conto original e sua famosa adaptação cinematográfica.
A Origem do Conto: Irmãos Grimm
Jacob e Wilhelm Grimm eram estudiosos alemães que coletaram e publicaram contos populares tradicionais no início do século XIX. Em 1812, eles lançaram a primeira versão de Branca de Neve em seu livro “Contos de Fadas para a Infância e o Lar”. Diferente da imagem inocente que temos hoje, o conto dos Grimm apresenta um tom sombrio e elementos de moralidade severa.
Na versão original, a madrasta de Branca de Neve tenta matá-la três vezes: com um espartilho apertado, um pente envenenado e, finalmente, uma maçã envenenada. Além disso, o final é muito mais cruel: a Rainha Má é forçada a dançar com sapatos de ferro em brasa até morrer.
A Versão da Disney (1937)
O filme Branca de Neve e os Sete Anões foi o primeiro longa-metragem de animação da Disney e revolucionou o cinema. Com visuais encantadores, canções memoráveis e uma abordagem mais leve, a história foi suavizada para o público infantil.
A madrasta ainda é uma figura maligna, mas suas tentativas de assassinato foram reduzidas à icônica maçã envenenada. O filme termina com o “beijo de amor verdadeiro” do príncipe, despertando Branca de Neve de seu sono profundo, e não há qualquer menção ao castigo da vilã.
Principais Diferenças Entre o Conto e o Filme
1. A Vilã e Seu Castigo
No conto original, a Rainha Má é punida de maneira brutal, o que refletia os valores morais da época: o mal precisava ser punido exemplarmente. Já na versão da Disney, a vilã cai de um penhasco, sugerindo uma punição menos gráfica e mais simbólica.
2. As Tentativas de Assassinato
Nos Irmãos Grimm, a madrasta tenta matar Branca de Neve três vezes antes de ter sucesso com a maçã. Disney simplificou a narrativa para manter o ritmo e não traumatizar o público infantil.
3. A Relação com os Anões
Na versão original, os anões têm nomes genéricos e funções menos marcantes. Já no filme da Disney, cada anão tem uma personalidade distinta (Zangado, Feliz, Mestre etc.), o que contribui para o tom lúdico da história.
4. O Despertar de Branca de Neve
No conto, o caixão de vidro cai e o pedaço da maçã é expelido da garganta de Branca de Neve, despertando-a. O beijo do príncipe é uma criação romântica da Disney, que eternizou essa ideia no imaginário popular.
O Impacto Cultural de Cada Versão
A versão dos Irmãos Grimm é um retrato da sociedade europeia do século XIX, com suas lições de moral duras e forte influência cristã. Já o filme da Disney, adaptado para um mundo em mudança nos anos 1930, trouxe leveza, esperança e uma estética que se tornaria padrão nas animações futuras.
Enquanto a versão dos Grimm continua sendo estudada por seu valor histórico e simbólico, a adaptação da Disney se tornou um marco na cultura pop, influenciando incontáveis outras obras de ficção.
Conclusão
A história da Branca de Neve é um ótimo exemplo de como contos antigos podem ser reinventados para diferentes públicos e contextos históricos. A versão dos Irmãos Grimm mostra um lado mais sombrio e moralizante, enquanto a adaptação da Disney oferece uma experiência mágica e esperançosa. Ambas têm seu valor e mostram como a narrativa pode evoluir sem perder sua essência.
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